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Sou Tradutora (inglês/português) profissional, formada em Letras-Tradução pela Universidade Anhembi-Morumbi, atuando há mais de 20 anos no campo técnico e especialmente literário. Traduzi mais de 190 livros até o presente, entre romances, livros de negócios, de autoajuda, biografias, guias, trabalhando como freelancer para editoras renomadas. Também escrevo artigos, crônicas, textos em geral, e acabo de publicar o “Meu Próprio Livro”. I'm a professional Translator (English/Portuguese), with a Letters/Translation degree. I've been working for more than 20 years in the area, with technical and especially literary translation. I’ve translated more than 190 books up to now, among novels, business books, biographies, self-help books, guides, working as a freelancer for renowned publishers. I also write articles, chronicles, general texts, and I’ve just published my own book, called “Meu Próprio Livro”.

Sobre o Blog / About the Blog - Link:

Onde quer que você esteja, sinta-se em casa aqui!
Wherever you are, feel at home here.
Donde quiera que estés, te sientas en casa acá.

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São inúmeros aqueles que não são mais escritores aprendizes, mas todos somos aprendizes de escritores para sempre...
There are countless ones who are no longer apprentice writers, but we are all writers' apprentices forever...

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Janelas para o Mundo


     _ Mãe, para que é que estou aprendendo isto? Onde é que eu vou usar esse negócio?
Se os seus filhos vivem lhe perguntando isso, você já sabe que há várias respostas. Uma das minhas favoritas é:
     _ No mínimo, você vai usar isso quando, no futuro, o seu próprio filho estiver fazendo a lição de casa e você precisar ajudá-lo. Só por isso, já seria o bastante.
     Afinal, nos empenhamos durante a vida inteira para poder dar o melhor aos nossos filhos. De qualquer modo, tenho a convicção de que tudo que aprendemos vamos acabar usando, de um jeito, ou de outro. Quando você menos esperar, algo que já aprendeu e parecia desnecessário acabará sendo útil quando mais precisar. Isso me lembra da vez em que vi o ótimo filme “Sim Senhor!”, de Jim Carrey, em que uma das várias partes cômicas foi bem assim. Depois de um curso de autoajuda que o ensinou a dizer "sim" para tudo (pois era negativista demais antes), entre outras coisas, o protagonista se matriculou em cursos dos mais inusitados. Apesar de aprender também que deve haver um equilíbrio em tudo, todos esses cursos serviram ao menos para tirá-lo de vários apuros.
     Eu mesma, na minha profissão, vivo tendo de estudar, pesquisar e aprender coisas que, em circunstâncias normais, provavelmente ignoraria. Afinal, como sempre digo, o tradutor tem de ser também um pesquisador. Além disso, tudo que aprendi na escola, na faculdade e na minha experiência de vida sempre me foi útil. Por exemplo, sempre gostei de português e, na minha profissão, o português é a minha ferramenta de trabalho mais importante porque é, através dele, que chego ao resultado final do meu trabalho. A história e a geografia também me ajudam muito porque faço traduções ambientadas em outras épocas, ou países. Cultura geral nem se fala... até mesmo a tal "cultura inútil" serve às vezes.
     O próprio intelecto da gente se transforma num banco de dados de onde retiramos o que precisamos em determinada situação, ou, mínimo, nos mostra o caminho para encontrar tais dados. Uso a matemática para conversões de pesos, medidas, etc., para cálculos e programação de laudas diárias. Com a informática, tiro o máximo de proveito dos recursos e ferramentas disponíveis hoje em dia para trabalhar. Tudo que aprendi como secretária executiva me ajuda na organização geral, na administração do tempo e assim por diante... Aliás, continuo usando um lema que me era muito útil quando secretária: Nunca responder "não sei", mas "vou me informar a respeito". E, naturalmente, toda a bagagem de conhecimento é indispensável para um escritor.
     Não é apenas no trabalho que usamos tudo o que aprendemos um dia, ou que continuamos a aprender, pois acho que o ser humano deve e precisa viver em constante aprendizado. Na nossa vida social, quanto mais bem informados estivermos, mais preparados ficaremos para interagir com o mundo e as pessoas. Com conhecimento _ e não pedantismo _, você se torna uma pessoa cada vez mais interessante _ para si mesmo e para os demais. E se torna também um cidadão ciente de seus direitos e deveres, pronto para contribuir com a sociedade de modo geral e usufruir também de seus benefícios.
     Em termos de saúde, aprender também é benéfico; estimula várias áreas de seu cérebro. A cada vez que você aprende algo, seja o que for, o seu cérebro está fazendo sinápses, ou seja novas redes de neurônios estão se agrupando, o que acaba compensando a perda natural de neurônios que se dá desde que nascemos e se acentua com a idade. E acredito que nunca é tarde para aprender, desde que você deseje, não importando para o que ache que vai ou não usar esse conhecimento.
     Espiritualmente, também acredito que o que aprendemos acaba, de algum jeito, se incorporando a nós. Ninguém conhece exatamente os mistérios do mundo, mas, a meu ver, estamos na Terra para aprimorar, "lapidar" a nossa alma; para nos tornarmos seres melhores. Daqui nada se leva, mas acredito que o conhecimento, sim, que ele passa a fazer parte de nós, como, se algum modo, mente e alma tivessem uma ligação.
     Além de várias razões até um tanto subjetivas, o que aprendemos é usado de maneira prática, faz parte da nossa vida pessoal e profissional. Só não acho que exista essa coisa de conhecimento demais, desnecessário. "O saber não ocupa lugar”, como diz uma amiga minha, lembrando-se das palavras do próprio e saudoso pai. Concordo. Assim, quer você seja mestre, ou aprendiz, lembre-se que, enquanto estamos aprendendo, estamos vivendo.


terça-feira, 21 de julho de 2015

Bola de Neve

Você não é economista, nem do ramo financeiro e, portanto, acha que não entende nada de finanças. Se você é brasileiro, ou mora no Brasil, não poderia estar mais enganado. Você é um expert no assunto. Você poderia dar palestras, cursos, seminários, consultoria em qualquer parte do mundo. Se você é endividado, então, como a maioria dos nossos conterrâneos, tornou-se mestre supremo da arte das finanças.
Estou para conhecer uma pessoa que ache isso normal, razoável, aceitável, mas, para resumir, é inconcebível que tenhamos uma média de 10% de juros ao mês no cheque especial e 16% no cartão de crédito _ só para citar os mais comuns, fora tudo mais onde juros recaem. Se eu não vivesse aqui, acharia que é coisa de algum episódio de “Alem da Imaginação” _ os vorazes, implacáveis, juros devorando a alma dos endividados. É aterrador.
Se você já entrou alguma vez na famosa “bola de neve”, sabe do que estou falando. Haja gigantesca criatividade brasileira para manter as finanças em ordem. É um tal de usar o cheque especial para cobrir despesas, o cartão de crédito para pagar contas, empréstimos para pagar o cheque especial, cheque especial para pagar empréstimos e cartão de crédito, juros para cobrir juros gerados por juros de juros de juros... acho que deu para entender. Ou não! A questão é: chega um ponto em que o torturado ser humano já não consegue mais dormir à noite; passa pela humilhação de ver seus cartões recusados, estourados, bloqueados; vê os empréstimos e crédito tão generosamente oferecidos antes sendo sumariamente recusados na sua cara; vê seus cheques voltando; é cobrado impiedosamente por credores, é ameaçado de despejo; só ainda não vendeu um rim... (Endividados têm mesmo essa mania de ficar oferecendo rim para cá e para lá _ ainda bem que ninguém leva a sério.) É um poço sem fundo e/ou o fundo do poço. É a fase “Passei por cada papel...” Não há mais saída, não há mais solução... Os familiares e amigos: a) Já te emprestaram e não têm mais como ajudar; b) Estão na mesma situação que você e acham que você dá azar; c) Acham que a culpa é toda sua, te criticam e você que se dane; d) Fogem de você como o diabo da cruz; e) todas as anteriores.
Então, nesse ponto, quando o poço parecia não ter mais fundo... ainda tem. É exatamente nesse ponto que o seu bom e respeitável nome vai para o vinagre. O bom nome que o seu pai te deu, que você deu aos seus filhos, que espera ver prosseguindo glorioso _ ou ao menos limpo _ ao longo das gerações. Esse valente brasileiro, essa criatura atormentada, começa a se perguntar: Onde foi que eu errei? Sou consumista demais, gasto mais do que ganho, não planejo o orçamento, não economizo, “vou para a galera” às vezes, admito; ganho pouco; com esse salário não dá para fazer nada; fiz prestações demais... A lista de recriminações, lamúrias, arrependimentos não tem fim, acompanhada quase sempre de culpa profunda, ódio de si mesmo, ódio dos outros, ódio dos juros, ódio dos malditos cartões de crédito. Deixe só eu resolver essa situação que vou picar todos os cartões de crédito _ incinerar, triturar e jogar o que sobrar no lixão! É uma das primeiras promessas a si mesmo.
Sem que nenhuma autoridade faça absolutamente nada, esses são apenas alguns dos efeitos dos juros extorsivos na vida dos brasileiros. Atualmente, existem cada vez menos investidores e as instituições financeiras e administradoras de cartões fazem do “crédito fácil”/dívidas um produto dos mais rentáveis entre sua clientela. No final das contas, aqueles que “pagam direitinho” acabam pagando é o pato por causa dos maus pagadores. Praticamente não se negocia com quem “paga direitinho”. Há gente que tem estourar o cartão para lá do impensável, comer o pão que o diabo amassou (e achar bom _ pelo menos é pão) para, enfim, depois de meses agonizantes, conseguir um acordo, quitar a dívida (pelo que devia ser mesmo o seu valor real) e dar início a batalha para recuperar o seu bom nome.
Existem inúmeras situações que levam as pessoas, voluntária ou involuntariamente às dívidas, à fatídica “bola de neve” _ desemprego, doenças, carências, remuneração ruim, impulsividade, consumo excessivo, má fé, ilusões... O que acredito é que os endividados não devem se desesperar _ o desespero não leva à nada... de um jeito ou de outro, ele só levará a mais dívidas, com toda a certeza. Todos os que estão nessas situações devem esfriar a cabeça, apagar os incêndios na medida do possível e, depois, repensar sua vida, descobrir onde esteve o erro que desencadeou tudo, a fim de poder consertá-lo. Sei que é fácil falar, que teoria e prática nunca andam juntas, que parece realmente não haver saída, mas há. Sempre há uma saída. Fé, otimismo, pensamentos bons e positivos, autoconfiança, coragem, determinação, parecem apenas palavras vazias, não é? Mas experimente se entregar à descrença, ao pessimismo, a pensamentos ruins, ao desânimo, covardia, apatia, autocomiseração... É aí que a vaca vai para o brejo mesmo. A nossa atitude perante as situações difíceis faz toda a diferença. Não é fácil. É preciso coragem para não esmorecer. Mas, em certos casos, o que se tem a perder? O rim é que não vai ser! A vida é uma só. Então, por que não empregar todo o empenho para consertar o que precisa ser consertado e seguir em frente, buscando ser verdadeiramente feliz? Aqui, neste caso, estamos falando de dívidas. Cada caso é um caso, mas primeiramente, fé e atitude positiva. Depois, fazer de tudo para limpar o seu bom nome, para recuperá-lo. É a coisa mais sagrada que temos como cidadãos: o nosso bom nome. Ele, de fato, abre portas e nos ajuda a prosseguir em busca dos nossos sonhos. (Se o seu nome está sujo na praça, não precisa arrancar os cabelos neste ponto _ hoje em dia, infelizmente, é a coisa mais normal do mundo, ninguém liga, todo mundo sabe dos motivos, está quase todo mundo no mesmo barco.) Mas empenhe-se para recuperar o seu nome; é o primeiro passo. Fé, atitude positiva, corajosa e determinada e nome limpo. Já está melhorando, não é? Daí para a frente, lute com unhas e dentes para ser feliz. Como falei, conserte o que tem de ser consertado e, se preciso for, comece do zero novamente. A vida está aí, só à sua espera. Trabalhe, estude, planeje, programe-se. Comece de novo, por que não? Acho que a melhor maneira de administrar o dinheiro, não importando quanto se ganhe, mas sim o princípio, é dividindo aquilo que sobrar (que temos de fazer sobrar) _ depois de quitadas as contas e dívidas _ entre o presente e o amanhã. Devemos investir em estudos, sonhos e projetos, qualidade de vida e futuro. Temos de trabalhar, mas reservar o que for possível para o lazer. Ele é a nossa válvula de escape. É complicado, mas é necessário haver uma poupança de reserva para emergências, nem que seja depositando uma quantia mensal mínima. E, claro, guardar o possível para o futuro, para que a mesma situação difícil em que uma pessoa se encontra geralmente quando mais jovem não se repita numa época em que precisa ter uma vida mais tranquila. Se de grão em grão, as dívidas crescem, as economias também _ embora não na mesma proporção.
Essas dicas de como pagar ou não fazer dívidas, fugir de juros, procurar juros menores quando o caso, comprar à vista, poupar, etc., são repetidas exaustivamente na mídia _ porque essa é a realidade, não apenas de brasileiros, mas de cidadãos do mundo inteiro (bem, talvez em Dubai as coisas estejam melhorzinhas...)


P.S.: No final das contas, são os bons pagadores que acabam carregando tudo nas costas. Por um lado, sofrem com os juros abusivos, por outro, são vistos como “fonte certa de capital confiável”, como uma compensação para os “rombos” causados pelos inadimplentes. Os seguros pagos também servem para isso. De qualquer modo, o ideal é ser um bom pagador, tanto para a paz de espírito, quanto para o cumprimento do que é certo, de acordo com os bons princípios. Mas o ideal é ser o bom pagador do tipo que paga à vista, pois esse consegue passar bem longe de juros exorbitantes e não acaba pagando o pato por ninguém.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Feliz Aniversário, Blog!

     Criei o Aprendizes de Escritores em 28/04/2011, e este é um blog muito especial para mim, como se fosse uma extensão da minha casa. É como sempre digo, aqui é a minha escola de escrita, o lugar que me deu base para escrever o meu primeiro livro e iniciar projetos para outros livros.
     Há uma grande satisfação em saber que tenho coisas escritas ao longo dos anos, como artigos, crônicas, comentários, dicas, etc., nas várias postagens e também nas páginas adicionais do blog, além das imagens que tenho escolhido com todo o carinho para enfeitá-lo.

     E com grande alegria que vejo hoje o Aprendizes de Escritores comemorando seu aniversário de 4 anos!


Happy Anniversary, Blog!

     I’ve created the Blog Aprendizes de Escritores – Writers’ Aprentices Blog on 04/28/2011, and this is a very special blog to me, as if it was an extension of my home. It is as I always says, this is my school of writing, the place that provided me the foundation to write my first book and initiate projects for other books.
     I feel deep satisfaction in knowing that I’ve got things written throughout the years, as articles, chronicles, comments, tips, etc. through the posts and also on the blog’s additional pages, besides the images I’ve been chosen with great care to decorate it.

     It’s very joyful indeed to see the blog celebrating its 4th anniversary today!

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Mother's Love


     I love my only son with my own life. I love God even more because He gave me my son and my own life. We are spirits, souls, and I’m Daniel’s soul mother.
     A dear friend of mine who is spiritist told me that sons and daughters choose the mother they want to have here before they are born.
     My son, my son’s soul, or my soul son, has chosen me as his mother.
     I want my son’s happiness and I pray to God that one day he finds his soul mate, his true love. And I’ll be proud to be at my son’s side when he takes his soul mate to the altar; that will be one of the happiest days of my life: my son’s wedding to his soul mate, his true love.
     But my son is only a teenager, and there’ll be plenty of time to all that. Now I want him to study, to have friends, to cherish his family, to think about his future, his career, the ways, the good ways and paths he’ll go through, with the blessings of Jesus, God, St. Michael and the Holy Mary to fulfill his dreams.
     I want Daniel to be happy, to be good to people, to smile freely, to enjoy life, and to live without unnecessary fears and worries.
     I told my son: “Treat the girls like ladies”, and I’m sure he’ll do it. And I’m not worried because, besides mother’s love, he’s got his own guardian angel, and I pray with all my faith to God to protect my son.

     I love my Daniel. From here to Eternity.


domingo, 22 de março de 2015

True Love


      I believe in true love, in that kind of soul mate's true love, a love that comes from another time and place. That love that is meant to be, that makes two people meet and never want to be apart ever again. That love which makes two people be together no matter what, and when these two people, these soul mates are lucky enough, or better blessed enough to meet in this life and get married, or get together the way they want or prefer, they live happy together for decades and decades.
     This is the kind of union I think it's blessed by God, it's a God's gift. The beautiful thing we can attribute the phrase: "What God united, man can't separate".

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Brand New Start


Escrevi esta crônica em 2012 e resolvi postá-la novamente porque, agora, em 2015, no Ano do Carneiro, aconteceu praticamente tudo novamente comigo, mas a diferença é que agora estou mais experiente em muitos aspectos e, desta vez, não me deixei influenciar pelos pensamentos negativos que, às vezes, atormentam as pessoas. Assim, como o meu aniversário em dezembro de 2012 passou em brancas nuvens e sei que havia, sim, um significado especial para mim no Ano do Dragão, me sinto como se este ano de 2015 fosse o Ano do Dragão.                                                                                                              

2012: Ano do Dragão. É o meu signo no horóscopo chinês e, realmente, posso dizer que este tem sido o meu ano. Caso existisse, porém, o signo da Fênix, outro ser mitológico magnífico, como o próprio dragão, sei que também se aplicaria.
     Costumava afirmar, em tom quase de brincadeira, que o fato de ter nascido em 12/12 às doze horas teria algum significado especial em 2012. E tem. Passei por inúmeras transformações este ano, desde ter eliminado vários quilos do meu peso _ com uma alimentação mais equilibrada, caminhadas, passeios de bicicleta e exercícios _ ao domínio de vários medos.
     O que para uns pode parecer corriqueiro, como tomar um ônibus, para mim tem grande importância, pois a superação de uma síndrome do pânico não tem preço. Falando em preço, também andei sentindo na pele o que é não ter absolutamente dinheiro algum próprio. Após meses de desemprego, posso dizer que entendo um pouco do que é não ter recursos, quase como em tempos de guerra. E não é que eu não tenha um bom currículo; ao contrário. O meu próprio blog é testemunha de todos os trabalhos que fiz ao longo de mais de vinte anos como tradutora, além dos anos anteriores trabalhando fora.
     Deve ter sido apenas uma fase ruim para o trabalho, que certamente já vai passar*. Mas, se não foi tão boa para o trabalho, tem sido excelente em termos de crescimento pessoal. Nem sei dizer ao certo quantas lições inestimáveis tenho aprendido com tantos tipos diferentes de pessoas, quão agradável tem sido esse convívio. E com a minha própria família também, venho tendo a chance de fortalecer e estreitar laços. Reencontrei amizades antigas, fiz amizades novas e há o meu filho, que é e sempre será a pessoa mais importante do mundo para mim.
     Quero continuar crescendo, me aprimorando. Estou determinada a voltar a estudar, a fazer uma pós-graduação quando puder; provavelmente na área de marketing, uma vez que acredito que sei “vender o meu peixe”, que tenho criatividade, inventividade e iniciativa. Sempre divulguei o meu blog, o meu trabalho usando os meus próprios recursos de propaganda. Hoje quero voltar ao mercado profissional investindo em todo o meu potencial.
     Também tem sido um ano de grandes surpresas, como quando conheci pessoalmente aquele que, para mim, é o melhor guitarrista de todos os tempos. Eu e o meu irmão, Fernando, tínhamos acabado de assistir à banda que fez a abertura para o Slash, espremidos na pista comum quando, de repente, anunciaram o meu nome, para que eu me apresentasse. Tudo aconteceu muito rápido e, de um momento para o outro, em total aturdimento, eu me vi diante de ninguém menos que o lendário guitarrista. Fiquei quase sem fôlego, sem fala, sem ação. Me recobrei a tempo de trocar algumas frases, de tirar uma foto, de conseguir um autógrafo e, enfim, me despedir, pois o show estava prestes a começar. Só não me conformo até hoje de dizer tudo que eu gostaria. Eu tinha tanto a dizer. Falar sobre o livro, como tinha adorado traduzi-lo e passado, então, a conhecê-lo. Queria dizer quanto o admiro, como estava feliz por, enfim, ele ter encontrado o vocalista perfeito e um amigo, Myles, além da banda. Gosto tanto de vê-los juntos. São perfeitos juntos, em tanta harmonia, tanto companheirismo. Enfim, falar que estava (e estou) feliz pelo sucesso tão merecido dele. Aliás, sem querer me meter nos assuntos delicados do Guns n' Roses, até tive vontade de dizer que entendo melhor agora, em especial depois que li uma matéria sobre o Axl, dizendo como ele faz amizade com as pessoas e as convida para participar das coisas, pessoas da limpeza, dos bastidores. Não sei se é verdade. Estou comentando de maneira livre no meu próprio Blog, porque aqui é a minha casa, afinal. Mas, se for o caso, eu até entendo. Claro que não tenho os compromissos sérios de se cumprir um horário diante de milhares de pessoas, mas não é que acontece comigo também! Não querendo me comparar, mas eu tenho algo a fazer, um horário a cumprir, daí resolvo fazer mais alguma coisa, achando que vai dar tempo. Paro para conversar com meio mundo, para dar atenção às pessoas, ajudar em algo e acabo chegando atrasada onde tenho que ir, ou não cumprindo algum prazo e tendo que dar um jeito. Claro também há os imprevistos e outras coisas que não dependem da gente, sei lá. Mas, no geral, eu entendo melhor essa amizade tão antiga, tão especial, embora, neste caso, sejam apenas palpites meus.
      Bem, enfim, não dava tempo de falar nada mesmo. Imagine, os demais fãs iam querer me matar por atrasar, e eu jamais atrapalharia em nada e nem seria inconveniente, pois ele jamais se atrasa. Já foi gentil demais em me receber, a mim e ao meu irmão.
      De qualquer modo, foi a sensação mais incrível do mundo, uma daquelas coisas mágicas que às vezes acontecem _ como se eu estivesse num filme sobre rock e fãs, ou algo parecido. Foram minutos especiais que guardarei para sempre na mente, nas minhas preciosas lembranças. Em seguida, eu e o meu irmão _ recebido por ele com a mesma atenção e gentileza _ fomos para a pista VIP diante do palco, onde pudemos assistir ao show do Slash e banda bem de perto: mais um show memorável e sensacional.
     Consegui isso graças a muita persistência e determinação, enviando e-mails para uma promoção de encontro entre ídolo e fãs, escrevendo exaustivamente nas redes sociais a respeito, mencionando a tradução da autobiografia dele que fiz e o grande desejo de que esse sonho se realizasse.
É como tenho feito tudo, sempre com grande empenho. É como pretendo dar uma guinada na minha vida e recomeçar. Com as bênçãos de Deus, Jesus, Nossa Senhora e de São Miguel Arcanjo.
     Além de tudo em que acredito em termos religiosos, como devota de São Miguel Arcanjo, me sinto cada vez mais em paz, tranquila, lúcida, serena. Não tenho medo de que o mundo acabe e sempre rezo para São Miguel para que o nosso planeta como um todo passe por uma renovação, um recomeço. Temos de continuar preservando cada vez mais os recursos, cuidando da Natureza e respeitando-a, reciclando... enfim, tomando conta do nosso planeta como ele merece, para que esteja sempre aqui, belo, produtivo e maravilhoso, como Deus o criou. Temos de cuidar do planeta adequadamente como se fosse um jardim, para que não aconteça como naquela música de Elton John, “Empty Garden”, em homenagem a John Lennon. Ele era um grande homem, um homem maravilhoso e sábio cujos ideais, conceitos e ideias exemplificam o que as pessoas devem fazer para preservar o planeta Terra. Sem mencionar inúmeras outras pessoas engajadas, ativistas e gente caridosa como Madre Teresa e suas generosas ações para com a humanidade.
     Este tem sido um ano de aprendizado e me orgulho de tudo que descobri, de como venho evoluindo, tanto no plano terreno quanto no espiritual. Se estamos aqui para lapidar a alma, posso dizer que me sinto de alma lavada, que tenho encontrado muitas respostas, inclusive a da minha própria lucidez em muitos sentimentos e religiões... em todas as religiões que seguem e pregam os bons princípios e que se respeitam mutuamente, pois _ cada uma a seu jeito _ todas estas levam ao Criador Supremo.
     Isso me faz pensar no amor, no amor verdadeiro, pois é a coisa mais importante do mundo e das nossas vidas, quer seja o amor por uma alma gêmea, um filho, um irmão, um amigo. É através do amor incondicional que conquistaremos a tão almejada paz na Terra.

P.S.: De fato, a fase ruim no trabalho passou, graças a Deus, e estou traduzindo livros novamente para uma excelente editora. Tradução é a minha verdadeira vocação, afinal. E, é claro, eu adoro escrever um pouco.




NEW START

     2012: Year of the Dragon. It’s my sign in the Chinese horoscope, and I can say this has really been my year. If the Phoenix sign existed, though _ another magnificent mythological being, like the dragon itself _, I know it would also apply.
     I used to say, in an almost joking tone, that the fact that I was born in 12/12, at twelve o’clock, would have some special meaning in 2012. And it does have. I’ve been through a lot of changes this year, since the elimination of lots of pounds off my weight _ with a more balanced nutrition, walks, bike rides and physical exercises _ to the overcoming of several fears.
     What for some might look trivial, as taking a bus, it’s of fundamental importance to me, because the surpassing of a panic syndrome is priceless. Talking about price, I’ve also been experiencing what’s not to have my own money at all. After several months without a job, I can say I understand a bit about what’s like not having any resources at all, almost like how it is in times of war. And it’s not that I don’t have a good curriculum; on the contrary. My own blog is testimony of all the works I’ve been doing for more than twenty years as a translator, besides all the previous years working in companies.
     It must have been just a bad phase for work, which will certainly pass*. But, if it was not that good for work, it has been excellent in terms of personal growth. I don’t even know how many inestimable lessons I’ve been learning with so many kind of different people, how pleasurable getting together with them has been. And with my own family too, I’ve been having the opportunity to strengthen and straiten bonds. I’ve been finding old friendships, making new friends, and there’s my son, who is and always will be the most important person in the world to me.  
     I want to continue growing, improving myself. I’m determined to go back to my studies again, to do a post graduation when I can; probably in the marketing area, because I believe I’m capable of divulging my own work, that I have creativity, inventiveness and initiative. I’ve always advertised my blog, my work with my own resources. Today I want to go back to the working market investing in all my potential.
This has also being a year of big surprises, like the one when I met in person the best guitarist ever, in my opinion. Me and my brother, Fernando, have just watched the show of the opening band for Slash, squeezed in the regular floor when suddenly they announced my name, calling me. It all happened too fast and, all of a sudden, totally amazed, I was in front of the legendary guitarist. I was almost breathless, speechless, almost motionless. I recovered myself in time to exchange some phrases, to take a picture, and to get an autograph, because the show was about to begin. It was the most incredible sensation in the world, one of those magical things that happen sometimes _ as if I was in a movie about rock and fans, or something like that. Those were precious minutes I’ll keep in my mind forever, in my treasured memories. Afterwards, me and my brother _ welcomed by him in the same attentive, kind manner _ went to the VIP area in front of the stage, where we watched the show of Slash and band very closely: one more memorable and sensational show.
     I conquered that due to lots of persistence and determination, sending e-mails to an idol and fans’ meeting promotion, writing exhaustively in the social networks about it, mentioning his autobiography’s translation that I did and the immense wish that this dream would come true.
That’s the way I’ve always done everything, with big efforts. It’s how I intend to change things in my life and start all over again. With the blessings of God, Jesus, Holy Mary, and St. Michael.
     Besides everything I believe in religious terms, as St. Michael’s devotee, each day I feel more at peace, tranquil, lucid, serene. I’m not afraid thinking the world might end, and I always pray to St. Michael for our planet, as a whole, to go through a big renewal, a new start. We must continue preserving more and more the resources, taking care of Nature, and respecting it, recycling… taking care of our planet the way it deserves, so it will always be here, beautiful, productive and wonderful, the way God created it. We have to take care of the planet properly, as if it were a garden, so things won’t be like in that Elton John’s song, “Empty Garden”, composed as homage to John Lennon. He was a great man, a wonderful and wise man whose ideals, concepts and ideas exemplify what people should do to preserve planet Earth. No to mention uncountable other people engaged in that, activists and charitable people as Madre Teresa and her good deeds towards Mankind.
     This has been one year of learning and I’m proud of everything I’ve found, of the way I’ve been evolving, both in earthly as in spiritual dimensions. If we are here to lapidate the soul, I can say I feel that my soul is cleaner, that I’ve found many answers, including the one about my own mental health in many feelings and religions… in all religions that preach the good principles and respect each other mutually, for _ at their own way _, each one of them lead to the Supreme Creator.
     All this makes me think about love, about true love, because it’s the most important thing in the world and in our lives, not matter if it’s the love for a soul mate, a son, a brother, a friend. It’s through the unconditional love that we will conquer what we so much seek after: peace on Earth.


P.S.: In fact, the bad phase for work is gone, thanks God, and I’m translating
          books again for a great publisher. Translation is my real vocation, after
          all. And, of course, I love to write a bit.

Para maiores informações sobre o Horoscopo Chinês, consultei o site: http://delas.ig.com.br/comportamento/previsoes-para-2015/2014-12-16/horoscopo-chines-2015-carneiro.html




sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Gente que nos Inspira


As crônicas são a vida acontecendo nas ruas, sob inúmeros tetos, na memória das pessoas através das reminiscências. Há alguns meses conheci uma pessoa muito especial que me encantou com o seu jeito simples e espontâneo. Eu o conheci pelo que poderia ter parecido acaso, durante uma das idas ao parque, e estava lá de bicicleta quando fui entrando numa daquelas rodas de bate papo, onde uma senhora estava me contando sobre uns problemas com os filhos, e ele estava sentado ao lado, fazendo alguns comentários. Aos 95 anos, o sr. Emílio já havia perdido o filho de 60 e poucos anos e a esposa amada, de um casamento de cerca de 70 anos, a dna. Terezinha. Foi naquele momento que mais uma vez refleti sobre aquilo que sempre tenho dito. Não importa a idade das pessoas, mas a garra e a determinação, a vontade de viver. Achei interessante a maneira simples como o sr. Emílio me descreveu o dia-a-dia deles, nos últimos tempos do casamento, em que ele próprio encorajava a esposa nessa questão da idade, lhe dizendo que não havia porque se sentir envelhecida, pois eram felizes juntos e ele dizia: “Olha, a gente consegue pentear o cabelo, tomar banho, fazer uma comida, enfim, cuidar das necessidades diárias. Isso não tem preço.” A partir daí, ele foi me contando a sua história de exemplar de obstinação e luta.
Começou a trabalhar com 8 anos, sempre na companhia de gente mais idosa. Gracejando, disse que nasceu velho. Aprendeu a profissão de carpinteiro, mas antes lhe ofereceram emprego de sapateiro logo cedo, numa fábrica onde pagavam bem mais. Trabalhando com afinco, inventivo, bem disposto, teve uma fábrica de calçados com 18 anos, mas, como ainda não tinha a maioridade, só pode registrá-la depois dos 21. O sr. Emílio aprendeu cada vez melhor o ofício, mas o que gostava mesmo era da carpintaria, à qual pode se dedicar depois de aposentado, fazendo serviços gratuitos para a família. Com seu jeito franco, o cabelo branco, os olhos muito azuis e uma expressão de pura simpatia, ele me contou como conheceu a saudosa esposa, como acabou sendo praticamente um daqueles felizes acasos que levou a uma união tão duradoura como a deles. Mas acho que nada acontece por acaso, que as coisas estão destinadas a ser como são, embora eu também creia que, com fé, as pessoas possam até mudar o próprio destino, quando não é bom. O sr. Emílio, inclusive, me relatou um fato muito bonito, entre as inspiradoras histórias de vida que me contou. Muitas décadas atrás, quando o Espiritismo ainda não era tão bem compreendido como agora, imagino eu, pois ainda venho aprendendo sobre a religião, tentando entender o que, para leigos como eu, às vezes não se consegue definir, ele teve a iniciativa de se tornar espírita aos 15 anos.
Conversando a respeito, então, contou que, certa vez, numa segunda-feira, durante uma reunião de um grupo espírita, ouviram a campainha. Daí alguém comentou que não estavam esperando visitas, pois já haviam avisado que era o dia do encontro ali. Assim, foram abrir a porta e, extremamente surpresos, se viram diante do ilustre Chico Xavier.

Seis anos depois, numa sessão de autógrafos, a DNA. Terezinha estava na fila com o livro dele, à espera de cumprimentá-lo. Logo que a viu, o bondoso Chico Xavier citou o nome dela, a data, e o endereço do exato local onde havia estado todo aquele tempo depois.

domingo, 4 de janeiro de 2015

John Lennon - Imagine


http://youtu.be/bBW8g64Vzf8


Letra: Lyrics:


Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky

Imagine all the people
Living for today

Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too

Imagine all the people
Living life in peace

You may say, I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will be as one

Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A Brotherhood of man

Imagine all the people
Sharing all the world

You may say, I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
»«
And the world will live as one
Imagine

Imagine não haver o paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum Inferno abaixo de nós
Acima de nós, só o céu

Imagine todas as pessoas
Vivendo o presente

Imagine que não houvesse nenhum país
Não é difícil imaginar
Nenhum motivo para matar ou morrer
E nem religião, também

Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Você pode dizer que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia você junte-se a nós
E o mundo será como um só

Imagine que não ha posses
Eu me pergunto se você pode
Sem a necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade dos homens

Imagine todas as pessoas
Partilhando todo o mundo

Você pode dizer que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único


Link:http://www.vagalume.com.br/john-lennon/imagine-traduzida.html#ixzz3NoZtyat4

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Sobre a Minha Tradução de Mente Saudável, Mente Brilhante

     Estou sempre falando sobre atividade física, embora como leiga e ex-sedentária assumida que, enfim, descobriu que o melhor para a saúde, de fato, é uma pessoa se exercitar, da maneira como pode e sob orientação médica. Mas, às vezes, costumamos nos esquecer dos exercícios para a mente, para mantê-la igualmente saudável. Como dica de leitura muito útil e interessante, deixo esta aqui sobre este livro que traduzi e me ensinou muito, Mente Saudável, Mente Brilhante, do dr. Richard Restak. 



Título Original:    Think Smart
Autor:                    Richard Restak              
Editora:                 Larousse
Ano/Tradução:     2010


Sinopse/Comentário:

Texto de leitura fácil, fluida. Apesar de todos os termos técnicos, eles são citados rapidamente e com uma explicação do que significam para que o leitor se situe, mas não tenha dificuldade de compreender. Serve tanto para leigos quanto para pessoas especializadas na área e para pessoas de todas as faixas etárias. Há uma ênfase no que pessoas mais velhas podem fazer para criar novos circuitos no cérebro (sinapses) a fim de compensar a perda natural de neurônios com o envelhecimento, mas todos os ensinamentos e dicas se aplicam a qualquer idade porque, quanto mais cedo uma pessoa começar a pôr em prática tudo que é necessário para o aprimoramento do cérebro, mais benefícios vai colher.
O dr. Restak, como neurocientista e escritor especializado no cérebro humano, baseando-se em conhecimento e experiências próprias e várias pesquisas e estudos de colegas, fez uma compilação de informações úteis para o aperfeiçoamento do cérebro, da memória (com dicas sobre exercícios físicos e mentais, jogos, dietas e nutrição adequada, comportamentos, testes) e para o que é possível fazer para a prevenção de doenças degenerativas como o mal de Alzheimer. Explica também sobre como ocorrem os vários processos no cérebro, contando coisas muito interessantes e desconhecidas pela maioria, e de que forma cada exercício age para que o leitor entenda realmente os benefícios dos conselhos e dicas que está seguindo, já podendo colocá-los em prática enquanto lê. Todas as orientações o livro que dá sobre o cérebro, para que seja mantido saudável e possa ser aprimorado, levam, conseqüentemente a uma qualidade de vida em geral bem melhor e à longevidade. Uma leitura bastante agradável, esclarecedora e útil.

Foto do livro original em inglês:

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Bicycle Quotes
















 







I’ve chosen this image (of internet public domain) to symbolize the blog because, when I see it, I imagine someone arriving in a pleasurable way (because I love to ride my bicycle) in a cozy place like a house, a book store, a café. That’s the way I hope visitors to feel in Blog Aprendizes de Escritores/Writers’ Apprentices Blog.  tj*¬


This is my bike “Pink Blossom”, my daily companion.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Sobre a Minha Tradução de Evidências da Vida Após a Morte


Título Original:    Evidence of the Afterlife
Autor:                   Jeffrey Long               
Editora:                 Larousse
Sinopse:
O dr. Jeffrey Long expõe seu estudo pioneiro sobre a experiência de quase morte e apresenta sua fundação, a NDERF e respectivo site. Ele cita vários pesquisadores anteriores, que publicaram livros e estudos nas últimas décadas, contando que foi através deles que surgiu o seu interesse em estudar a EQM, apesar de ter sido, em princípio basicamente cético por ser um homem da ciência. Depois que ouviu o seu primeiro relato de uma EQM de uma amiga, ficou impressionado e começou a estudar o assunto a fundo, passando a acreditar firmemente na existência da vida após a morte.
Os dois principais objetivos do livro são explicar a EQM e divulgar o estudo da NDERF. São explicados os elementos da EQM, como:
1. Experiência fora do corpo (EFC): separação da consciência do corpo físico.
2. Sentidos Aguçados
3. Emoções ou sentimentos intensos e geralmente positivos
4. Passagem por um ou dentro de um túnel
5. Encontro de uma luz mística ou brilhante
6. Encontro com outros seres; ou seres místicos, ou parentes ou amigos falecidos
7. Uma sensação de alteração de tempo ou espaço
8. Recapitulação de vida
9. Encontro de planos sobrenaturais (“celestiais”)
10. Encontro ou aprendizado de um conhecimento especial
11. Encontro de um limite ou barreira
12. Retorno ao corpo, voluntário ou involuntário
Na parte referente ao estudo, como foi feito através do site, o autor tem o cuidado de explicar cada etapa de sua realização e endossar sua validade, graças à metodologia séria e abrangente aplicada. O site onde o participante preenche um questionário relatando sua EQM também contém relatos de EQMs e várias partes traduzidas para outros idiomas, inclusive o questionário. Assim, há a possibilidade de que muitas pessoas de outros países, onde o inglês não é predominante, relatem sua EQM em seu idioma, para depois ser traduzida. Desse modo, no estudo há relatos de EQMs de várias partes do mundo, inclusive de países não ocidentais, o que permite um estudo transcultural. Ele concluiu que as EQMs são praticamente iguais em conteúdo no mundo inteiro, ou seja, que aquilo que as pessoas vivenciam é característico da própria EQM, não de suas culturas.
O livro foi feito com base em 617 EQMs selecionadas do site e estudadas/analisadas a fundo. Há várias passagens dos relatos de EQMs ilustrando o livro. O estudo fica ainda mais interessante pelo fato do autor ser médico e ter conhecimento especializado para poder apurar as ocorrências de morte clínica como verdadeiras. Ele se diz impressionado com o fato das pessoas terem uma consciência fora do corpo, pois ela ocorre em momentos em que o cérebro não tem atividade alguma, quando não pode haver consciência física. Outro tema que aborda são as EQMs dos cegos, inclusive cegos de nascença, que acabam “enxergando” durante a EQM. Há também relatos de curas inexplicáveis após uma EQM. O autor utiliza todas as características das EQMs para compor linhas de evidências, argumentando que uma ou duas já seriam surpreendentes, mas que as nove linhas de evidências que reúne formam uma prova irrefutável da existência da vida após a morte (essas nove linhas de evidências estão intituladas de Prova 1 a Prova 9 e compõem capítulos, onde explica uma a uma).

Comentários Sobre a Minha Tradução:
Pesquisei o suficiente para a tradução e a fiz totalmente de acordo com o original, como são as traduções, mas confesso que, como leitora também, esse assunto me intrigou. Claro que não sou especialista no assunto, como é o autor, que também faz um trabalho totalmente sério na sua área, mas acredito que esse assunto desperta a curiosidade de todos.
Acontece que, como o nome já diz, ter uma Experiência de Quase Morte é quase morrer. Evidentemente, é traumático quase morrer, como nos casos estudados pelo livro, que aponta as circunstâncias envolvidas nas respectivas situações de risco. Este é um assunto extremamente sério e não tem nada a ver com religião. E esse “quase morrer” não acontece apenas quando uma pessoa passa a ficar numa situação extrema numa mesa de operações; pode acontecer em variados tipos de acidentes ou ataques, segundo explica o autor. A “quase morte” descrita no livro e nas EQMs é o caso em que a pessoa está clinicamente morta, sem consciência e, portanto, não apta a ter sonhos e alucinações, e acaba voltando através da ressuscitação feita geralmente por médicos ou paramédicos. Em algumas situações de quase morte, algumas dessas pessoas passam por uma experiência surpreendente, tendo, digamos, um vislumbre, de como é o outro lado antes de ter a chance de voltar. Apesar de tudo, poderia se ter a impressão de que seria uma oportunidade mística ter uma EQM, mas não é algo que se possa escolher, nem muito menos induzir. Segundo o próprio autor alerta, ninguém deve buscar por conta própria aquilo que não lhe tiver sido determinado pela vida.
Na minha opinião pessoal quanto aos mistérios em geral, acho que já sabemos tudo o que nos é suficiente saber. Daí creio que essa seja a razão para esses "vislumbres" apenas, que certamente, creio eu, não devem ser ignorados. O autor, por sua vez, se empenha ao máximo para tentar elucidá-los, na medida do possível, com as suas pesquisas aprofundadas, segundo relata.
Antes de ler e traduzir Evidências da Vida Após a Morte (e, portanto, pesquisar bastante sobre o tema), eu mesma sabia bem pouco a respeito. Só ouvia aqueles casos de pessoas falando que tinham visto uma luz muito brilhante no final de um túnel e não entendia muito _ porque não tinha informações mais claras a respeito. Cada leitor, naturalmente, poderá formar a sua própria opinião depois de ler o livro, que é muito interessante. Esse livro do dr. Jeffrey _ um cientista cético que, através de informações e de seus estudos científicos, passou não apenas a acreditar, mas a pesquisar EQMs de modo aprofundado, separando o que julga verdadeiro do que não é _ é um trabalho abrangente sobre o tema. Pude entender que o maior problema que uma pessoa que tem uma EQM enfrenta, além do trauma em si, é a incredulidade alheia. Segundo o autor, ninguém acredita, alguns chegando a ridicularizar essa questão da luz no túnel, achando que a pessoa sonhou, ou teve alucinações ou enlouqueceu por um período. Não se sabe porquê, em se tratando de um assunto tão importante, ele é tão pouco divulgado pela mídia – o da EQM propriamente. O assunto de vidência já é mais abordado, mas observa-se também tanta charlatanice nas questões místicas que as pessoas ficam confusas e descrentes. É o que vemos, por exemplo, sendo mostrado no filme Além da Vida (Hereafter), de Clint Eastwood, com Matt Damon, que assisti recentemente e recomendaria a quem gosta do tema. Temos uma ideia do que é uma EQM através do filme, além da bela e sensível história, bastando apenas pesquisar mais a respeito quando houver interesse em buscar mais conhecimento.
Foi o que achei mais fascinante nesta tradução. É um assunto tão envolvente e interessante, com tantas evidências apontadas pelo autor, que não foi difícil traduzir o livro. Foi uma tradução que fluiu muito bem e é o que acontece quando apreciamos o assunto. Nem mesmo a minha espécie de “síndrome do jaleco” (eh,eh!) me fez sentir mal-estar diante de certas descrições de alguns dos acidentes (descrições imprescindíveis, no caso). Acho que não me senti mal porque, segundo o autor explica, acabamos sabendo que aquelas pessoas não morreram; que acabaram ficando bem. Então, essa parte não representou um obstáculo difícil a vencer na tradução. O dr. Jeffrey Long e sua equipe recrutam tradutores voluntários para traduzir os relatos sobre EQMs para outros idiomas a fim de que pessoas do mundo todo possam contar suas experiências e, do mesmo modo, mais pessoas possam ler a respeito. Tive até vontade de me oferecer como voluntária para algumas traduções também (encaixando-as de algum jeito na minha rotina atarefada), porque me interessei pelo trabalho dele e sei quanto é sério, e apenas não fiz isso por medo de todos esses detalhes médicos/clínicos/hospitalares que eu teria de explicar/pesquisar minuciosamente. E também não traduzo livros específicos de medicina e  de alguns outros que acredito que exijam um acompanhamento bem de perto de um profissional da respectiva área. De qualquer modo, é uma tradução que gostei muito de fazer.
Quem desejar mais informações sobre o assunto, além da leitura do livro, o dr. Jeffrey Long tem um site (disponível em inglês e vários outros idiomas, inclusive português) de sua Fundação de Pesquisas sobre EQMs, a NDERF, que pode ser facilmente localizado na internet.